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Fotografia: Câmara de Braga
Tiago Barquinha

Cultura 11.04.2024 14H50

Revista Bracara Augusta. Rio destaca “produto cultural de excelência” e aponta à digitalização

Escrito por Tiago Barquinha
A publicação bracarense chegou à 131ª edição.
As declarações do diretor, Luís da Silva Pereira, e do presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio.

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A vida e obra de Júlio Fragata, o trabalho do arquiteto Raúl Lino no Bom Jesus ou o primeiro jogo oficial de âmbito nacional do SC Braga. Na 131ª edição da Revista Bracara Augusta é também possível ler investigações relacionadas com Braga e a mudança liberal, a origem da expressão “capela dos Monges” e os cartografismos de um manuscrito setecentista de memórias. A apresentação decorreu, esta quarta-feira, na Biblioteca Pública.


Um dos textos, escrito por Maria Teresa Fragata, sobrinha do Padre Júlio Fragata, de acordo com a descrição da obra, “permite perceber a maneira de filosofar através do diálogo sereno e arguto, num método que vem das origens gregas da filosofia”.


Por ocasião dos 110 anos dos primeiros contactos de Raúl Lino com a Confraria do Bom Jesus, José Carlos Gonçalves Peixoto escreve sobre a obra que o arquiteto português deixou no Bom Jesus do Monte, entre 1913 e 1936. O artigo ‘O primeiro jogo oficial de futebol de âmbito nacional do Sporting Clube de Braga’, que se realizou em junho de 1923, é da autoria de João M. Fernandes e ‘Braga e a mudança liberal’ de José de Sepúlveda Macedo.


O trabalho 'Sobre a designação «capela» dos Monges’ foi escrita por Eduardo Pires Oliveira, explicando a origem da expressão, relacionada com o espaço existente no edifício da basílica dos Congregados, da responsabilidade de André Soares. Já o estudo ‘Os (carto)grafismos de um manuscrito setecentista de memórias: notícias íntimas do Teatro da Guerra’ tem como autores os professores universitários Miguel Sopas de Melo Bandeira, Ana Maria Macedo e Mário Gonçalves Fernandes.



Presidente da Câmara desafia diretor a continuar à frente da revista


O diretor, Luís da Silva Pereira, considera que a Bracara Augusta é “o espaço indicado para dar a conhecer os resultados das investigações a um público amplo”. “Acontece que, às vezes, as revistas das universidades, para onde a gente escreve, têm o número de leitores um bocadinho limitado. Lêem os colegas - quando lêem -, mas não atingem um público mais vasto”, frisa.


A revista é coordenada pelo pelouro da Cultura. O presidente da Câmara de Braga, responsável por essa pasta, fala de “um produto cultural de excelência, que, tal como a cidade, mantém as portas abertas”, incentivando “mais investigadores a enriquecer o espólio da revista”, além de querer conservar os atuais. 


Para o futuro, sugere o desafio de, “porventura, se lançarem publicações mais regulares e não serem apenas de cadência anual”. Além disso, vinca a necessidade de fomentar a “digitalização” da Bracara Augusta, “uma dimensão muito importante nos dias de hoje”.


O projeto dedicado à cidade de Braga é liderado por Luís da Silva Pereira há cerca de uma década. Coincidentes nas respetivas funções, visto que assumiu a liderança da autarquia em 2013, Ricardo Rio destaca a “qualidade” do trabalho do diretor, mostrando-se favorável à sua continuidade. “Já nos chegou esse repto para que se promova uma merecida renovação”, vinca.


A origem da Bracara Augusta remonta a 1935, na altura com a designação de Boletim do Arquivo Municipal. A revista vai na terceira série de publicações, sendo que a edição nº131 pode ser adquirida no Balcão Único de Braga e no Posto de Turismo, assim como nas diversas livrarias do concelho, a partir do final do mês.

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