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Tiago Barquinha

Regional 27.05.2024 22H22

Ricardo Gomes deixa departamento de comunicação da câmara e volta à InvestBraga

Escrito por Tiago Barquinha
O pedido foi feito pelo colaborador na sequência do caso dos bilhetes VIP falsificados.
As declarações do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, e da vereadora do PS, Sílvia Sousa.

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Ricardo Gomes pediu, esta segunda-feira, para cessar funções como diretor de comunicação da Câmara de Braga. O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, no final da reunião de executivo, decorrida no auditório da Junta de Freguesia de Arentim.


Durante a sessão, o PS levantou o assunto - recaem suspeitas sobre o colaborador da autarquia relacionadas com falsificação de acessos VIP para a Rampa da Falperra - , considerando-o "o elefante na sala". Em resposta, Ricardo Rio discordou da dimensão atribuída ao caso, ao classificá-lo como "um rato na sala". Recorreu aos mesmos argumentos que tinha utilizado, horas antes, em declarações à RUM, nomeadamente o facto de os acontecimentos relatados, "a serem verdade", terem ocorrido "no foro privado" e de "o município não estar envolvido".


Aos jornalistas, a seguir à discussão do tema, comunicou que, após 11 anos no cargo, Ricardo Gomes solicitou a renúncia das funções, mas que continua na esfera municipal, já que vai voltar à InvestBraga, com quem tem contrato. "Para preservar a posição da câmara sobre esta matéria, vai solicitar o regresso formal à InvestBraga, onde voltará a retomar a sua atividade original, antes de ter sido selecionado para exercer funções como diretor de comunicação", complementou.


Apesar de não encontrar "justificação" para essa tomada de posição, percebe e aceita a atitude, apelidando-a como "muito digna". "Se estivesse no lugar dele, porventura faria o mesmo", frisa, não deixando de lamentar "a perda por parte da câmara de uma pessoa com qualidade profissional". 



Ricardo Gomes avança com queixas crime; Oposição alerta para "situação grave"


O presidente da Câmara de Braga adianta que o colaborador apresentou "várias queixas crime por difamação junto das instâncias judiciais", especificamente contra João Granja, que expôs o assunto no programa Praça do Município, e "alguns responsáveis" do Clube Automóvel do Minho, organizador da prova.


Do lado do PS, Sílvia Sousa, que critica o facto de ter conhecimento da saída de Ricardo Gomes pela comunicação social, considera que essa decisão, ainda que parta do visado, prova que a sua intervenção tinha "fundamento". A vereadora que representa os socialistas é da opinião que Ricardo Rio "desvalorizou o assunto" aquando da discussão do tema na reunião de câmara.


"A partir do momento em que há suspeita de falsificação de ingressos, no âmbito de um evento promovido por uma organização com a história que tem, em colaboração com o município, e que há uma pessoa com funções relevantes no município sobre quem paira uma suspeita, obviamente que é uma situação grave", sinaliza.

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