ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Tiago Barquinha

Cultura 05.10.2021 18H15

Rui Miguel Tovar: “Sempre me interessou casar a cultura e o futebol”

Escrito por Tiago Barquinha
O jornalista foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga.
Rui Miguel Tovar em entrevista à RUM.

false / 0:00

O ponto de partida é o futebol, mas as histórias extravasam e ganham vida fora das quatro linhas. Foi com base nesta premissa que Rui Miguel Tovar escreveu a obra ‘Viagens sem Bola’, vencedora do Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga.


Entrevistado pela RUM, o jornalista confessa que está "nas nuvens” com a conquista do galardão, até porque foi um livro que “sempre sonhou escrever”. “É uma sensação enorme de alegria poder partilhá-lo com pessoas que estiveram comigo em algumas destas viagens e com quem já me ouviram falar sobre elas”, refere.


Editado em 2020, o livro não fala especificamente sobre o jogo em si, embora o principal propósito das viagens seja o futebol. Aborda tudo o que envolve a modalidade, como as pessoas, as regiões ou até mesmo a comida que foi conhecendo ao longo de vários anos.


A paixão por estes dois mundos, conta Rui Miguel Tovar, começou a fervilhar quando era mais novo e lia o jornais desportivos, “muito bem escritos” e com os quais se “podia aprender muito, não só sobre futebol, como sobre língua portuguesa, geografia ou gastronomia”. As equipas portuguesas iam jogar a vários países da Europa e os jornalistas faziam reportagens sobre essas cidades. Aquilo entrava na minha cabeça”, recorda.


O jornalista de segunda geração - filho de Rui Tovar - defende que “o desporto faz parte de uma arte” e, que por isso, sempre o fascinou “casar a cultura e o futebol”.



A viagem ao Brasil e os dois motoristas que gostava de ter reencontrado


Na obra ‘Viagens sem Bola’, há relatos de episódios vividos em dezenas de países, desde o Qatar às Maldivas, passando pelo Brasil. Rui Miguel Tovar dá o exemplo de uma situação que aconteceu em Belo Horizonte, no Campeonato do Mundo de 2014.


“No mesmo dia encontrei um motorista de táxi e outro de autocarro que falaram muito mal do Éder, um dos avançados escolhidos por Paulo Bento para a competição. Na altura ainda tentei esgrimir argumentos... quem me dera encontrá-los dois anos depois”, ilustra.

Deixa-nos uma mensagem