Regional 02.05.2023 17H28
“Salgado Zenha marcou uma geração e um tempo no país e na cidade”
O antigo ministro e advogado nasceu há 100 anos.
O presidente da Câmara de Braga destaca o papel que Francisco Salgado Zenha teve na sociedade. No dia em que se assinalam os 100 anos do nascimento do antigo advogado e ministro bracarense, esta terça-feira, a autarquia inaugurou uma placa evocativa à entrada da habitação onde nasceu, no Largo Senhora-a-Branca.
Depois do monumento ‘Silo da Memória’, erigido na rotunda da Praça Conselheiro Torres de Almeida, em 2014, trata-se da segunda homenagem feita pelo executivo liderado por Ricardo Rio a um dos rostos do processo de democratização em Portugal.
Fazendo alusão à expressão «No plano moral, só é vencido quem desiste de lutar», inscrita na referida estrutura, Ricardo Rio confessa que é uma frase com a qual se identifica “bastante” e que marca o percurso de alguém reconhecido pela sua “intervenção cívica”. Apesar de “não convergir com muitas das opiniões” de Salgado Zenha, o autarca salienta que “marcou uma geração e um tempo no país e na cidade”, através das suas “responsabilidades políticas, académicas e jurídicas”.
O homenageado foi um dos fundadores do PS. O social-democrata, que representa a coligação de direita Juntos por Braga, diz ter “muito orgulho de ter liderado o executivo que prestou a primeira homenagem pública de marca à Salgado Zenha”, há nove anos. “Durante tantos e tantos anos, houve uma governação dos seus correligionários partidários na cidade de Braga que não tiveram esse cuidado”, critica.
A cerimónia realizou-se no âmbito das comemorações do centenário de nascimento de Francisco Salgado Zenha organizadas pelo Município, Assembleia Municipal, Universidade do Minho e pela Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas de Braga.
Paulo Sousa, representante do movimento, revela que foi um desafio descobrir a casa onde nasceu o antigo advogado e ministro. “A família tinha muitas habitações aqui em Braga e houve alguma confusão, mas o trabalho de Henrique Barreto Nunes permitiu identificar exatamente a casa. Existiam casas na Avenida da Liberdade, em São Vicente, em Soutelo…”, conta.