Regional 28.12.2020 15H36
Residência universitária privada para nascer em Santa Tecla
Câmara aprovou hoje a declaração de interesse público.
Uma residência universitária privada pode vir a nascer na zona de Santa Tecla, em Braga. O projecto para a construção da residência, com capacidade para 170 quartos, já foi delineado pela empresa Britalar e terá lugar num edifício devoluto na travessa Dr. Francisco Machado Owen.
O edifício está degradado há mais de duas décadas e a Câmara de Braga aprovou hoje, em reunião pública de executivo municipal, uma declaração de interesse público para que a empresa em causa possa demolir integralmente o edifício existente e construir uma residência para estudantes, propondo-se o aumento do número de pisos e a supressão de um piso da cave.
Na opinião do vereador do urbanismo, Miguel Bandeira, o projecto "faz todo o sentido", visto que a oferta pública de oferta de quartos para alunos "não dá resposta à procura que existe". O vereador lembrou ainda que o estado degradado do edifício actual "tem de ser rapidamente erradicado, até do ponto de vista de saúde pública", assinalando que o projecto da residência universitária poderá incluir uma reabilitação urbana na zona envolvente.
Do lado da oposição, o vereador Carlos Almeida, da CDU, deixou críticas ao desconhecimento de alguns dos aspectos do projecto levado hoje a reunião de Câmara, tais como o enquadramento urbanístico e ambiental da residência e o índice de impermeabilização. O vereador questionou ainda a pertinência da declaração de interesse público, assinalando que a residência privada será construída a poucos metros da já existente da Universidade do Minho.
Na resposta ao vereador, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, referiu que "a questão da localização é q.b irrelevante, na medida em que a exiguidade da oferta de alojamento estudantil no concelho deve ser suprida, independentemente do local onde venha a ser implantada".
O autarca sublinhou ainda que o município "vê com muito bons olhos" a eventual resolução "de um problema urbanístico que se arrasta há muitos anos", elogiando o papel da construtora "em criar mais soluções nesta área, já que o sector público não corresponde às necessidades do mercado".