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Liliana Oliveira

Academia 29.05.2025 17H18

São João de Braga de 17 a 24 de junho com 164 iniciativas 

Escrito por Liliana Oliveira
A organização espera atrair um milhão e 300 mil pessoas ao São João de Braga, este ano. Se o bom tempo ajudar, o retorno económico pode rondar os 23 milhões de euros.

A organização espera atrair um milhão e 300 mil pessoas ao São João de Braga, este ano. Se o bom tempo ajudar, o retorno económico pode rondas os 23 milhões de euros.

A programação está apresentada e conta com 164 iniciativas, mais de 200 horas, 365 instituições e um investimento de 450 mil euros.

O tema deste ano são “os quadros bíblicos colocados no Rio Este”. Esta é uma tradição que chegou a Braga no século XIX, com a primeira colocação de duas estátuas numa das margens do Rio e que logo na altura foi amplamente noticiada nos periódicos da época por ser uma manifestação onde, mais uma vez, o religioso se cruza com o profano nesta dinâmica que está sempre muito presente por todo o programa das festas da nossa cidade”, afirmou André Marcos, da Associação de Festas do São João de Braga.


“É muito importante em Braga, e no ano 2025, referenciar a Capital Portuguesa da Cultura, com espetáculos que integram a promoção do São João”, denotou o presidente da Associação de Festas do São João de Braga, Firmino Marques, na apresentação da programação, esta quinta-feira, no Parque da Ponte.

A Associação de Festas está a preparar “o processo de inscrição do São João de Braga, no Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial”, que “será designado dentro de muito pouco tempo”. “É um motivo de enormíssimo orgulho”, denotou o responsável.


Firmino Marques assinalou ainda “o centenário do mestre Veiga, uma figura mítica na tradição, sobretudo as ornamentações e iluminação do São João”. Por isso, haverá uma exposição dedicada a José Veiga, denominada “Memórias Visuais do S. João de Braga a partir da obra de José Veiga”, inaugurada a 17 de junho, às 17h00, no Palácio do Raio. “A obra do Mestre Veiga está fortemente ligada à identidade visual das festas do São João de Braga, seja nos cartazes de rua, nos desenhos ou decoração dos espaços públicos da cidade”, referiu ainda.

Nota ainda para o quarto livro História do São João de Braga, ilustrado por Matilde Horta.



Mais de 200 horas de programação  


Serão oito dias de festa, 164 iniciativas, cerca de 365 instituições que colaboram direta ou indiretamente com o São João de Braga, mais de 200 horas de programação, com sete cortejos e quatro exposições.

No dia 17 de junho, o São João da Pequenada tem início às 10h30, na Praça da República. À noite, por volta das 22h00, decorre o momento que assinala oficialmente a abertura das festas, o habitual “Faça-se Luz”, com a inauguração da iluminação.

Além das oficinas criativas, no dia 18 de maio o centro das atenções será o Theatro Circo, que acolhe a Gala Sanjoanina, às 21h30, uma gala solidária a favor da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa. “Será feita a estreia do espetáculo Chão, que promete cruzar os cordofones tradicionais bracarenses, como o cavaquinho e a viola braguesa, com os cordofones tradicionais associados a Ponta Delgada, Capital Portuguesa da Cultura 2026, e a Évora, Capital Europeia da Cultura 2027”, detalhou André Marcos, denotando a presença da fadista Katia Guerreiro.


À mesma hora, na Igreja do Carmo, decorre o concerto de Cordofones Tradicionais de Braga e, na Avenida Central, a animação será responsabilidade dos grupos culturais da Universidade do Minho, em parceria com a AAUMinho.

Segue-se, no dia 19, a primeira apresentação pública do projeto Cordão - Coro de Doentes e Amigos Oncológicos, no Museu dos Biscainhos, às 19h00, e, depois, às 21h30, os Canto D’Aqui atuam no Parque da Ponte.

O Cortejo Histórico, “momento evocativo das raízes e tradições do São João de Braga, tem início às 22h00, de 20 de junho, do Arco da Porta Nova, percorrendo várias ruas, até à Praça da República. Antes disso, às 18h30, será apresentada a candidatura das Festas de São João de Braga ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, no Salão Nobre da Câmara Municipal.


O Cortejo de Gigantones, outro dos momentos mais concorridos das festas, está agendado para o dia 21 de junho, às 21h30. No domingo, o dia começa com a Corrida de São João, às 09h30, na Rodovia. Depois, às 11h30, na Praça da República, o bombo assume o papel principal, num percurso que inicia na Praça da República e termina na Praça Mestre Veiga. A partir das 16h30, sai à rua o Cortejo Etnográfico. A 23 de junho, às 09h00, tem início, na Rua de S.João, o Cortejo da Mordomia. A homenagem ao Mestre Veiga está agendada para as 12h30, na Praça da República. O Cortejo das Rusgas tem início às 22h00, no Campo das Hortas. A noite será animada, a partir das 01h30, por Diogo Piçarra, no palco da Avenida Central. O dia de São João é marcado pelo Cortejo Sanjoanino, com os carros de ervas, Rei David e Pastores, às 09h00, do Largo de São João do Souto. A procissão de São João Baptista sai às 18h00, numa programação que termina com o concerto de Tony Carreira, na Avenida, e uma sessão de fogo de artifício.



Mais de 1 milhão de visitantes e 23 milhões de impacto económico


“O comércio local, a restauração, a hotelaria, os serviços, vivem um momento de grande vitalidade, impulsionados pelos milhares de visitantes que selecionaram Braga para celebrar o São João. Temos todas as condições para superar as expectativas. Estimamos receber cerca de 1,3 milhões de pessoas, com um impacto económico a rondar os 23 milhões de euros, ou seja, um crescimento de cerca de 5%, face ao ano passado”, apontou o presidente da Associação Empresarial de Braga, Daniel Vilaça.

Além do concurso para eleger a melhor fartura, está também de regresso o concurso para o melhor Doce Sanjoanino, “que desafia as pastelarias do concelho a criarem um doce original, inspirado nas festas de São João”. O vencedor será o doce oficial de São João de Braga, para o triénio de 2025-2027.


O presidente da Câmara, Ricardo Rio, destacou “a riqueza e intensidade do programa”.

“O São João vai-se mantendo fiel às suas tradições, às suas raízes, mas vai sempre inovando. É muito importante o trabalho que tem sido feito, sobretudo ao longo dos últimos anos, junto das comunidades escolares”, acrescentou, afirmando que é isso que “vai assegurar a continuidade do gosto pelo São João”.

O autarca denotou ainda que não são apenas os bracarenses que participam, mas também “as comunidades vizinhas, os visitantes de fora de Braga e de fora do país”.

“O São João soa a nós e soa a todos aqueles que nele participam”, finalizou. 

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