Regional 25.09.2023 08H33
Seis habitações do Bairro do Picoto serão demolidas em novembro
Famílias serão realojadas em alojamento disperso.
Vão ser demolidas, em novembro, as primeiras seis casas do bairro do Picoto, em Braga.
A informação foi avançada à RUM pelo administrador da BragaHabit.
“Começamos pela banda de casas que estava em pior estado, que já tinha sido alvo de um relatório da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em articulação também com a Câmara Municipal e com a Braga Habitat, e que entendemos que seria prioritário”, começou por explicar Carlos Videira, dando conta de que as habitações em causa são da casa 45 à 50.
A empresa municipal conseguiu, depois de reunir com os moradores, “apresentar as soluções para arrendamento disperso para estas famílias”, que “vão ter a oportunidade de ver as casas que lhes serão atribuídas”. “A escritura será feita no dia 29 de setembro e durante o mês de outubro faremos o realojamento das famílias para que depois, no mês de novembro, sejam feitos os trabalhos de demolição”, apontou.
Depois de terminado esse processo, serão procuradas soluções para as restantes famílias que habitam no bairro, “no sentido de garantir melhores condições de vida a estes inquilinos”.
“Avaliaremos com as próximas famílias e desse diálogo sairá a solução. Tanto poderá ser uma solução de aquisição de casas que já existem em arrendamento disperso, tanto pode ser a possibilidade de integração em bairros sociais já existentes, tanto pode ser a solução de construção nova”, adiantou o administrador. As soluções encontradas não serão as mesmas para todas as famílias, uma vez que a BragaHabit tentará “perceber qual é que melhor se adequa, até porque há questões muito diferentes de família para família”. Há famílias onde a solução terá que ter em conta a “mobilidade reduzida, idade avançada, necessidade até de reagrupamento familiar com outras famílias que possam estar noutros locais e que sejam apoiadas pela BragaHabit”.
“Acredito que a integração destas famílias em arrendamento disperso, sendo uma boa experiência, possa motivar aquelas que ainda estão no bairro a também querer sair e criar uma nova solução”, finalizou Carlos Videira.
Com a demolição destas seis habitações, onde residem 27 pessoas, o bairro social ficará com 44 casas, que albergam 140 pessoas.