O mau tempo, que já levou ao cancelamento de duas procissões, pode levar a perdas de 25% na faturação em Braga. Será preciso recuar perto de 10 anos para encontrar resultados na ordem dos 10 milhões de euros, ou seja, deverá cair por terra a previsão da Associação Empresarial de Braga (AEB) de alcançar o retorno financeiro mais elevado de sempre, no valor de 14 milhões de euros. A informação é confirmada aos microfones da RUM pelo diretor-geral da AEB, Rui Marques.

Na hotelaria, de acordo com os dados da AEB, os cancelamentos "não são significativos". Quanto à taxa de ocupação não ultrapassa os 75%, sendo que a maioria são turistas de latitudes mais distantes, nomeadamente, norte-americanos, ingleses, alemães, suíços e brasileiros que optam por reservas com maior antecedência. Já o mercado interno e de proximidade, mais concretamente portugueses e galegos que são normalmente os responsáveis pelas reservas de última hora, este ano não o fizeram.

Contudo, as maiores quebras serão sentidas sobretudo pelo comércio e em especial pelo comércio de rua. Rui Marques fala numa "transferência" das ruas para as grandes superfícies, pois acabam por ter outras condições.

Recorde-se que esta quarta-feira, a Procissão da Burrinha não saiu às ruas. O mesmo acontece esta quinta-feira com a Ecce Homo. Para amanhã, sexta-feira, o IPMA prevê aguaceiros, logo também a Procissão do Enterro poderá estar em risco.