A greve dos trabalhadores das empresas do grupo Transdev vai contar com uma adesão a rondar os 75%. Guimarães, Fafe e Cabeceiras de Basto são os concelhos do distrito de Braga mais afetados por esta paralisação. A rede ´Expressos`, que liga o Porto a Lisboa, de acordo com o Sindicato está "parada". Pelas 10h30 está agendada uma concentração, nas instalações da empresa, na freguesia do Pinheiro, na cidade berço.

Os colaboradores filiados ao Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte não concordam com o contrato coletivo que a empresa assinou com a Federação de Sindicatos, o que levou o sindicato a abandonar a federação e avançar com um processo que está a decorrer em tribunal. Em causa, segundo o presidente do sindicato, José Manuel Silva, estão questões de horário e aumentos salariais.

A questão das refeições em deslocação é outro dos problemas. Até agora o trabalhador recebia a "refeição de deslocado em vez de subsídio de alimentação". Agora, isto só acontece se estiver a mais de 75 quilómetros do local de trabalho. Outro aspeto prejudicial está relacionado com o facto de as refeições terem obrigatoriamente de serem feitas entre a "terceira e a quinta hora de trabalho". Ora, com motoristas a iniciarem os turnos às 6h00 isso implicaria fazer as refeições às 9h00.

O presidente do Sindicato denuncia a falta de motoristas na empresa para dar resposta agora aos Transportes do Cávado da responsabilidade da CIM. A situação mais grava, de acordo com José Manuel Silva, tem lugar na Guimabus, onde os trabalhadores fazem turnos de 15 horas por dia e laboram 30 dias por mês.

"Não têm condições para andar com crianças. A qualquer momento pode ocorrer um acidente", afirma. A informação já foi endereçada, via email, para a CIM do Cávado e Ave, mas até ao momento sem resposta.

Para o dia 6 de fevereiro, segunda-feira, está prevista nova concentração que o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte prevê que reúna um número maior de trabalhadores.