Nacional 26.01.2021 11H58
S.TO.P mantém greve dos profissionais de educação "até ao Governo recuar"
Greve nacional está agendada para segunda-feira e ainda não está definida a sua duração. Em causa, o cumprimento de horários de trabalho na íntegra em escolas sem alunos.
Os profissionais da educação cumprem a partir da próxima segunda-feira, 1 de Fevereiro, uma greve em protesto contra o cumprimento de horários de trabalho na íntegra em escolas sem alunos.
Contacto pela RUM, o coordenador nacional do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P) avançou que têm recebidos queixas de funcionários de escolas todo o país, desde a Amadora a Viana do Castelo.
André Pestana revelou que "há profissionais que estão a ser chamados por escalonamento e, dessa forma, evita-se a concentração de profissionais, mantendo-se a gestão dos edifícios escolares".
"O que não é razoável é que todos os profissionais de educação, de várias escolas, estejam a ser chamados para cumprir o horário na íntegra presencialmente quando não há alunos", afirmou o sindicalista, referindo que, perante a ausência de estudantes, "até mesmo as limpezas não necessitam de ser feitas com tanta intensidade". "É uma desconsideração pela saúde destes profissionais e dos seus familiares, bem como pelo Sistema Nacional de Saúde", acrescentou.
Se o Governo não recuar, a greve destes profissioanis mantém-se para o dia 1 de Fevereiro, não estando ainda determinada a sua duração. O S.TO.P enviou "um e-mail para o Governo e para os municípios a apelar ao bom senso", mas não obteve resposta. Assim, a greve "prolongar-se-á até quando o Governo recuar".
Este fim-de-semana, o Sindicato de Todos os Professores deverá promover um "plenário online para auscultar os profissionais" e decidir novas formas de luta, face à ausência de resposta.
A greve agendada para a próxima segunda-feira envolve todos os profissionais de educação, nomeadamente assistentes operacionais e técnicos, de todos os níveis de ensino, incluindo o ensino superior.