O Tanatório de Braga realizou 240 cremações no ano de 2019. Ainda que seja prematuro, os primeiros dados fornecidos à RUM pela autarquia de Braga, são um sinal de que o recurso ao tanatório poderá tornar-se mais frequente, pelo menos se compararmos com o que acontece noutras cidades do país onde este equipamento já funciona há mais anos. 

Concessionado e em funcionamento desde 1 de Novembro de 2018, o Tanatório de Braga abriu portas depois de sucessivos avanços e recuos que remontam ainda à gestão do Partido Soacialista na Câmara Municipal de Braga.

Olga Pereira, actual responsável pelo pelouro da gestão e Conservação de Equipamentos municipais, incluindo o Cemitério de Monte D’Arcos, admite que ainda não é possível uma análise aprofundada sobre uma eventual tendência na cidade. "O período de cremações ainda é muito curto. Em 2019 foram feitas 240 cremações, não chegando a 20% da opção global", uma vez que o cemitério de Monte D'Arcos registou 418 entradas.

No entanto, convém sublinhar que nos dados fornecidos não é possível assegurar com rigor que todas as cremações resultem de cidadãos oriundos do concelho de Braga, uma vez que o serviço está disponível para todos à semelhança do que acontece noutros tanatórios. Com base nos dados conhecidos, 1/3 das pessoas no Cemitério de Monte D'Arcos já são cremadas.

"Equipamento foi afinado por equipa de técnicos internacional"

Há menos de um ano, um conjunto de moradores das imediações do Cemitério de Monte D’Arcos denunciava a libertação de odores por parte do equipamento durante os momentos de cremação. Entretanto, a autarquia sugeriu à concessionária uma fiscalização do equipamento, trabalho que foi recentemente realizado por especialistas internacionais. A vereadora assegura que tudo está a funcionar dentro da normalidade. "O equipamento foi afinado, o que não exclui, nos próximos meses, mais uma verificação por parte da equipa inglesa", esclareceu.