ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Pedro Magalhães

Cultura 24.07.2020 18H15

“Terra” regressa ao CIAJG com Julinho da Concertina, Baiuca e Kel Assouf

Escrito por Pedro Magalhães
Ciclo de músicas do mundo regressa a Guimarães entre Setembro e Novembro.

O ciclo de músicas do mundo "Terra" vai regressar ao CIAJG (Centro Internacional das Artes José de Guimarães), em Guimarães, entre Setembro e Novembro, apresentando um cartaz que reúne Julinho da Concertina, Baiuca e Kel Assouf, anunciou esta sexta-feira, à RUM, a organização do ciclo que está a cargo da associação cultural Capivara Azul.


Julinho da Concertina é o primeiro protagonista do "Terra", actuando no dia 18 de Setembro. Vem directamente da margem sul do Tejo para apresentar o funaná do seu país natal, Cabo Verde. Samuel Silva, da Capivara Azul, descreve Julinho da Concertina como "dos mitos vivos do funaná, uma figura incontornável de Cabo Verde, que trabalhou com Cesária Évora ou General D, participando em alguns dos discos que marcaram a renovação da música cabo-verdiana nos anos 60".


Duas semanas depois, no dia 2 de Outubro, é a vez da actuação de Baiuca, projecto do galego Alejandro Guillán, que "pega no cancioneiro tradicional galego e cruza-o com a música electrónica". O galego vai ter a companhia de 

Xosé Luís Romero, um dos mais importantes percussionistas galegos, e de Andrea e Alejandra Montero, num espectáculo que terá projecções realizadas em directo pelo videoartista Adrián Canoura. "É um projecto de que gostamos há algum tempo e achamos que vai ser um concerto muito interessante", aborda Samuel Silva.


Depois do funaná e da reinvenção do cancioneiro galego, o "Terra" fecha no dia 28 de Novembro com os tuaregues Kel Assouf, banda liderada por Anana Harouna e que "cruza o rock do deserto, do norte de África, à tradição pop-rock europeia", comparando-se às sonoridades de Bombino, artista que recentemente popularizou a música tuaregue na Europa.


A organização lembra que o leitmotiv do "Terra" mantém-se, ao trazer "projectos que pegam na tradição sonora de cada um dos países e a renova". Os três nomes, que em comum partilham "ambiências dançáveis e festivas, celebrando a cultura de vários países", serão veículos "para o contacto do público de cá, da região, com música que está fora do eixo do pop e indie rock", aborda Samuel Silva.


O ano passado, na apresentação da primeira edição do "Terra", a organização do ciclo assinalou que a música dos artistas em cartaz tinha como propósito dialogar com a colecção permanente do CIAJG, que inclui peças de arte africana e pré-colombiana e obras do artista plástico que dá nome ao museu. Este ano, o objectivo mantém-se com uma novidade.


"Tendo em conta os condicionamentos da pandemia, que obrigam as pessoas a usarem máscara durante os concertos, vamos oferecer uma máscara personalizada por cada compra de bilhete. É uma máscara inspirada no José de Guimarães, desenhada pela Rafaela Silva, a nossa designer", revela Samuel Silva.


A lotação dos concertos na blackbox do CIAJG está limitada à presença de 90 pessoas. Os bilhetes para cada um dos concertos têm preços entre os 5 euros (para portadores do Cartão Quadrilátero Cultural), 7,5 euros (menores de 30 anos e outros descontos A Oficina) e 10 euros (público geral). O passe para os três concertos custa 25 euros. Os ingressos já podem ser comprados online ou nas bilheteiras da cooperativa A Oficina. 

Deixa-nos uma mensagem