Regional 04.11.2021 10H35
Trabalhadores da MEO/Altice Braga reivindicam aumentos salariais
Funcionários ameaçam avançar para a greve, se a empresa continuar sem aceitar sentar-se à mesa das negociações. Trabalhadores protestam ainda, esta quinta-feira, em Maximinos, o despedimento coletivo de 203 colegas.
Os trabalhadores da MEO/Altice em Maximinos, no concelho de Braga, protestam, esta quinta-feira, em frente à empresa, o despedimento coletivo de 203 colegas e reivindicam aumentos salariais.
Às 9h00, estavam já cerca de duas dezenas de trabalhadores reunidos, mas o número deverá, ao longo da manhã, chegar às cinco dezenas.
Pedro Coutinho, porta-voz do grupo, diz que os funcionários estão contra o despedimento coletivo, "porque a empresa apresenta lucros e não são encontrados motivos válidos". Além disso, entre as 203 pessoas despedidas está um trabalhador de Braga, que "foi despedido quando estava numa licença parental". Pedro Coutinho acusa a empresa de violar a lei e a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego) também se opôs. De acordo com esta comissão, "a MEO/Altice insensível ao parecer da CITE, intentou uma acção judicial contra o trabalhador em questão e sobre a qual, no próximo dia 04 de novembro, decorre uma Audiência de Partes no Tribunal do Trabalho de Braga".
Sem salários atualizados há mais de três anos, os trabalhadores reivindicam aumentos salariais nunca inferiores a 50 euros. "Ocorrem reuniões de comunicação, não de negociação. A empresa apresenta aumentos de 1% para salários até 760 euros e 0,5% até aos 2500 euros. Estamos a falar, para quem ganha até 1.000 euros, que é a maioria, de aumentos de 3,90 euros ou 4 euros. Até consideramos ofensivo, mais valia não fazer nada", aponta o porta-voz.
Caso a empresa continue sem aceitar sentar-se à mesa das negociações, os trabalhadores ameaçam avançar para a greve. "A empresa continua irredutível, não está disponível para ouvir as estruturas sindicais. Estamos a auscultar os trabalhadores para ver a as melhores datas", garantiu Pedro Coutinho.
A RUM tentou contactar a empresa para obter mais esclarecimentos sobre estes assuntos, mas ainda não obteve resposta.