"Não somos números, somos pessoas": é com este mote que os trabalhadores do call center da Concentrix Braga realizaram, na manhã desta quinta-feira, uma manifestação contra a "onda de despedimentos" que têm acontecido desde o final do ano passado. Os manifestantes caminharam até ao edifício da câmara municipal.

À RUM, o dirigente nacional do STCC, Nuno Geraldes, justifica a ligação ao município. "A Câmara de Braga escolheu os responsáveis pela Concentrix como embaixadores do trabalho e da geração de emprego como se fossem pessoas que estivessem a promover o emprego. Agora, mais uma vez se comprova que esse emprego é sempre parco, temporário e precário. É esta geração de emprego que estas empresas vêm fazer, não vêm fixar ninguém", comenta.

Nuno Geraldes conta que estão a decorrer despedimentos de dezenas de trabalhadores, uma situação que provoca “total incerteza” nos funcionários. "O que está a acontecer este ano é algo que nunca foi vista aqui durante 15 anos, desde que esta empresa se fundou cá. O volume de despedimentos é muito superior àquilo que é normal. Há despedimentos todas as segundas-feiras e ninguém consegue explicar o porquê. Se as próprias empresas dizem que vão continuar aqui e o volume de chamadas é o mesmo, porque é que estão a despedir?", questiona.

"Estas empresas não são nada transparentes, mas, por aquilo que têm sido as comunicações que têm sido feitas aos sindicatos e aquilo que tem sido o volume que nos tem sido mais ou menos comunicado pelas empresas, estimamos que mais de 100 pessoas, de certeza, já foram despedidas", acrescenta o sindicato, insistindo que os trabalhadores merecem respostas.

A RUM tentou, sem sucesso, obter um comentário da Concentrix.