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Foto: Nuno Gonçalves
Pedro Magalhães

Regional 04.05.2021 18H21

UMinho e Câmara de Braga projetam musealização de Santo António das Travessas

Escrito por Pedro Magalhães
Intervenção vai permitir que haja condições para a visitação, através de um sistema de passadeiras para a circulação e de projeções que garantam a compreensão do sítio.
Declarações de Manuela Martins, Ricardo Rio e Rui Vieira de Castro

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A Universidade do Minho e a Câmara de Braga assinaram esta tarde um protocolo para a musealização do núcleo arqueológico de Santo António das Travessas.


A área, localizada no edifício lote 20-26 da Rua Santo António das Travessas e correspondente ao quadrante nordeste da cidade romana, será alvo de uma intervenção para permitir "condições para a visitação, através de um sistema de passadeiras para a circulação e de projeções que garantam a compreensão do sítio", disse hoje aos jornalistas, no final da assinatura do protocolo, a vice-reitora da cultura e da sociedade da Universidade do Minho, Manuela Martins.


Do lado da instituição de ensino superior serão assegurados, através da sua unidade de arqueologia, os recursos técnicos e humanos, designadamente na cedência de investigadores e no apoio da gestão informática.


A vice-reitora assinalou que o núcleo arqueológico em causa, cujo projeto deverá arrancar no início do verão, tem uma forte "densidade de utilização", acima dos registados no dómus da Escola Velha da Sé, nas Carvalheiras, ou nas termas romanas, com vestígios da época romana até hoje. 


"Aqui é possível contar uma história longa, como um livro de mil páginas que vamos folheando", explicou.


Já o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, enalteceu que o protocolo assinado esta tarde significa que "o trabalho que está a ser feito pela unidade de arqueologia está a dar frutos", representando "uma recuperação de memória histórica" e disponibilizando-a "aos concidãos".


Se a Universidade do Minho garante os meios técnicos, a Câmara de Braga salvaguarda os meios financeiros para a musealização do núcleo, que custará 250 mil euros. É uma verba que se soma aos 4,75 milhões que vão ser gastos para a musealização das Carvalheiras e do Convento de São Francisco.


Para o autarca Ricardo Rio, o investimento "é relevante" mas justifica-se pelo "designío estratégico" do município na candidatura a Capital Europeia da Cultura, na qual a "dimensão do património tem de ter um peso acrescido".

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