A Escola de Engenharia da Universidade do Minho, em parceria com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), organizam, de 3 a 6 de setembro, a 23ª edição da Conferência Internacional de Inteligência Artificial (EPIA 2024).

Aos microfones da RUM, o professor de Ciências da Computação na Universidade do Minho, Paulo Novais, explica que a iniciativa cria um espaço de debate sobre os avanços mais recentes e as tendências emergentes na área da Inteligência Artificial (IA). "A conferência reúne todo um conjunto de especialistas nacionais e internacionais. Temos cerca de 20 países representados e vamos cobrir todo um conjunto de temáticas que, neste momento, são importantes na IA, que vão desde a criatividade, o desenvolvimento de ambientes inteligentes e a ligação à indústria, agricultura, medicina e transportes", descreve.

A programação vai incluir várias sessões temáticas, apresentações de trabalhos científicos, painéis de discussão e simpósios dedicados a estudantes, "promovendo um ambiente de troca de ideias e networking". Vão existir ainda "vários keynote speakers de renome", como é o caso de Virgínia Dignum, especialista em ética e inteligência artifical, François Pachet, perito em criatividade computacional, e Francisco Herrera Trigueiro, reconhecido pelas suas contribuições em aprendizagem automática e big data.

A par da conferência, Viana do Castelo vai também receber a Escola Avançada de Inteligência Artificial, que decorrerá a 2 e 3 de setembro. "Funciona quase como uma plataforma de excelência educacional, onde convidamos alguns colegas internacionais e nacionais para participarem e apresentarem alguns temas mais quentes", explica.

O evento vai contar com um painel aberto à comunidade local e empresarial, permitindo uma interação direta entre a investigação e o setor empresarial. 

"São, no fundo, duas grandes oportunidades na nossa região para quem está preocupado e quer apanhar o comboio da modernidade e da excelência", acrescenta o docente. "É uma oportunidade do público em geral também contactar os industriais, os académicos e de auscultarem os novos e mais recentes desenvolvimentos

numa área na qual a Universidade de Minho tem também tido capacidade de liderança e de intervenção", termina.

Os dois eventos contam com cerca de 200 especialistas provenientes de mais de 20 países, tais como os Portugal, Brasil, Espanha, Dinamarca, Reino Unido, Sri Lanka, Suíça, Suécia, República Checa, Irlanda, Índia, EUA, Itália, França, Alemanha, entre outros.