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Redação

Internacional 04.01.2025 12H01

Venezuela destaca 1.200 militares para tomada de posse de Nicolás Maduro 

Escrito por Redação
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.  

O Governo venezuelano enviou 1.200 militares para todo o país, para "garantir a paz" antes e durante a tomada de posse de Nicolás Maduro para um novo mandato presidencial, em 10 de janeiro.


A operação foi anunciada na sexta-feira pelo Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Bolivarianas (CEO-FANB), num vídeo divulgado nas redes sociais, onde se vê militares em várias ruas do centro e em estações de metro de Caracas.

“Iniciámos um destacamento pela segurança e a paz do nosso povo. Somos 1.200 homens e mulheres uniformizados da gloriosa Força Armada Nacional Bolivariana (…) Vamos garantir a paz do país, vamos dar segurança ao povo, vamos garantir que no dia 10 de janeiro o presidente tomará posse. No dia 10 tomamos posse com ele”, disse o coronel Alexander Granko Arteaga, da Direção de Contrainteligência Militar (serviços de informações militares), num vídeo divulgado no Instagram.


Arteaga afirmou ainda que a revolução e a Venezuela estão sob ameaça e que têm sido realizadas operações contra mercenários, com resultados frutíferos.


Vários portugueses disseram à agência Lusa que, além da presença de militares, a circulação de viaturas nas ruas próximas do palácio presidencial de Miraflores, no centro de Caracas, está condicionada.


A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos. Além da oposição venezuelana, vários países denunciaram fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.


Em 02 de janeiro, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100.000 dólares norte-americanos (97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.


Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.


O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio desagregadas por assembleia de voto.


O Presidente da Venezuela toma posse a 10 de janeiro de 2025 para um período de seis anos.


Lusa

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