A implementação de um canil intermunicipal na região do Cávado é uma das soluções propostas por Altino Bessa para combater o abandono de animais. O vereador da Câmara Municipal de Braga considera que tem de haver “uma resposta mais abrangente e articulada”.

Tal como já tinha adiantado esta semana, o responsável autárquico considera que tem havido um aumento do número de animais errantes no concelho. Altino Bessa acredita que “não são os cidadãos de Braga que têm agora um índice de abandono maior”, culpando os habitantes de municípios vizinhos pela situação.

“As pessoas que abandonam os animais querem lavar a alma. Como sabem que as políticas animais de Braga são das melhores que existem em Portugal, as pessoas veem que aqui o abandono terá outro acompanhamento, diferente do que teria num outro município que não tem estas políticas tão avançadas”, explica o ponto de vista.

Por essa razão e por existirem municípios que não tem canis, o vereador com a pasta da Política Animal é da opinião que tem de haver “uma resposta mais ao nível da Comunidade Intermunicipal do Cávado”. “Já se falou da possibilidade de haver um canil que sirva os diferentes concelhos”, acrescenta.

PAN sugere parques de matilhas; Altino Bessa diz que é necessário estudar a situação

Para combater o problema do elevado número de animais na rua, a concelhia de Braga do PAN defende a criação de parques de matilhas, replicando o que já existe noutros municípios. O porta-voz Tiago Teixeira considera que esta é a solução adequada, já que o CRO (canil municipal) “não deverá ter capacidade para ser aumentado” - actualmente há espaço para 27 gatos e 54 boxes para cães (com condições para mais do que um animal).

De acordo com o representante do PAN, estas infraestruturas conseguiriam “controlar um pouco as populações de animais errantes do concelho”, constituindo-se como locais “onde se podem recolher mais alguns animais”.

Na resposta, Altino Bessa refere que estas questões “têm de ser estudadas” e “não apenas porque alguém se lembrou que é essa a solução”. O vereador vai mais longe e diz que “os problemas não se resolvem lançando um conjunto de ideias sem perceber se são exequíveis”.

“Com a devida distância de comparação, é fácil ter discursos de Miss Mundo e dizer que queremos acabar com a fome no mundo. Isso todos queremos. A questão é saber como é que isso se faz”, complementa.