Cultura 13.09.2024 17H24
Vestígios da Idade do Ferro podem ser visitados em Braga e Guimarães
Tem lugar no Museu D. Diogo de Sousa, na cidade dos arcebispos, pelas 15h00, e no sítio arqueológico localizado na Freguesia de S. Lourenço de Sande, na cidade berço, às 17h00.
Perceber como viviam e como se organizavam as sociedades no Minho antes da chegada dos romanos. Este é o objetivo de duas visitas guiadas, com duração entre uma hora e uma hora e meia, dedicadas ao Castro de Sabroso, que decorrem em Braga e Guimarães, este sábado.
O sítio arqueológico localizado na Freguesia de S. Lourenço de Sande, habitado na chamada ‘Idade do Ferro’, foi revitalizado entre 2022 e 2023 e vai receber um dos dois encontros, enquanto a exposição patente no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, vai ser o local da outra visita guiada. Para o arqueólogo da Sociedade Martins Sarmento (SMS), Gonçalo Cruz, vão ser “experiências completamente diferentes”.
A primeira tem início, às 15h00, no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, onde o público vai passar pelas instalações da exposição ‘Redescobrindo o Castro de Sabroso’, onde há “imagens e documentação”. Já o acesso ao Castro de Sabroso, em São Lourenço de Sande, Guimarães, tem início às 17h00, e vai permitir “uma experiência mais prática”, refere Gonçalo Cruz.
O responsável adianta que no sítio arqueológico, “os visitantes vão poder circular por espaços que foram utilizados e construídos pelas pessoas que viveram no local”. “Em vários pontos do Castro existem painéis interpretativos que têm uma reconstituição, ou seja, as pessoas podem observar as ruínas e, no mesmo local, ver como era aquela construção originalmente”.
Gonçalo Cruz destaca que no local havia “uma aldeia, que foi habitada nos últimos 400 anos antes de Cristo, numa época chamada de Idade do Ferro e que chegou a ser destruída e, posteriormente, reconstruída".
Segundo o arqueólogo da SMS, este é um “sítio privilegiado” para perceber como viviam as populações locais antes da chegada dos romanos, responsáveis por “influenciar culturalmente a forma que se vive hoje em dia”. O local conta com “elementos muito bem conservados, nomeadamente a muralha e algumas casas que estão, em geral, em melhor estado de conservação do que a maioria dos castros que conhecemos”, finaliza.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista