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Vanessa Batista

Academia 17.09.2020 16H20

Embalagens feitas de soro de queijo e casas de amêndoa são o futuro

Escrito por Vanessa Batista
Projecto "YPACK" utiliza um material "plástico biológico" mais amigo do ambiente. A Universidade do Minho é uma das entidades responsáveis pelo desenvolvimento destas embalagens.
António Vicente, investigador do Centro de Engenharia Biológica (CEB), é o convidado desta noite do UM I&D.

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São embalagens de plástico, mas não derivadas do petróleo. O "YPACK" utiliza desperdícios alimentares, como casca de amêndoa e soro de queijo, para criar embalagens biodegradáveis. O projecto foi distinguido pelo Radar de Inovação da Comissão Europeia com 7,2 milhões de euros e reúne 21 parceiros de 10 países, sendo que a investigação é liderada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (Espanha).


É estimado que o plástico necessite de 500 anos para desaparecer no meio ambiente. Segundo António Vicente, investigador do Centro de Engenharia Biológica (CEB) e vice-presidente da Escola de Engenharia da UMinho, as embalagens do "YPACK" precisam de apenas um mês para se decomporem.


"Esta é a beleza do projecto, é que pegamos num subproduto que seria rejeitado ou com um uso menor e usamos para produzir estes materiais plásticos que serão utilizados para criar embalagens", explica. 


O YPACK tem dois tipos de embalagens que ainda não chegaram ao mercado. Actualmente, o projecto está em fase de testes ao consumidor. Os responsáveis pretendem perceber se as características do produto, ou seja, o facto de serem amigas do ambiente são um factor de diferenciação na hora de adquirir um produto ou simplesmente interessa a funcionalidade dos produtos.


Já foram produzidas mais de duas toneladas das duas embalagens concebidas pelos investigadores. Estas podem ser utilizadas, a título de exemplo, para envolver lasanhas, pizzas ou fruta. Já a “flow pack” foi idealizada para revestir produtos.


O projecto YPACK tem como parceiros, em Portugal, a UMinho, através do Centro de Engenharia Biológica (CEB) e do Instituto de Polímeros e Compósitos, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a Biotrend, a Nova ID e a Sonae. 

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