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Tiago Barquinha Gonçalves/RUM
Tiago Barquinha

Regional 01.03.2023 17H43

“As instituições estão preparadas, mas falta educar a população para o risco de sismo"

Escrito por Tiago Barquinha
A Universidade do Minho assinalou o Dia Internacional da Proteção Civil.
As declarações do Departamento de Geografia da Universidade do Minho, António Bento Gonçalves, e do chefe principal do Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade Especial de Polícia do Porto, Vítor Vasconcelos.

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O diretor do Departamento de Geografia da Universidade do Minho acredita que as instituições estão capacitadas para responder a um terramoto. No entanto, considera que é preciso investir na autoproteção dos cidadãos. A academia minhota assinalou, esta quarta-feira, o Dia Internacional da Proteção Civil, com uma simulação de busca e resgate e uma conferência, no Campus de Azurém, em Guimarães.


Com ações como esta e a criação do curso de Proteção Civil e Gestão Território, há cinco anos, António Bento Gonçalves refere que a UMinho tem procurado “contribuir” para que os territórios sejam “mais resilientes”. Apesar de “as infraestruturas estarem muito preparadas e haver um bom planeamento, com a ajuda de técnicos excelentes”, falta depois “educar a população para o risco de sismo”. 


“Todos os relatórios indicam que, nas primeiras 72 horas, em caso de terramoto, são as pessoas que estão ao nosso lado que nos socorrem (…) Há muito caminho para fazer no sentido de aumentar a cultura de autoproteção”, acrescenta.


O sismo que abalou a Turquia e a Síria colocou a questão da prevenção na agenda mediática. António Bento Gonçalves, antigo vice-presidente da Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, alerta que um cenário desses pode “fazer-se sentir em todo o país”. Assim sendo, mesmo que "a região do Minho não se encontre numa área de elevado risco sísmico, não está livre de maneira nenhuma” de sentir os efeitos de um terramoto com origem noutra zona de Portugal.


O chefe principal do Grupo Operacional Cinotécnico (GOC) da Unidade Especial de Polícia do Porto esteve a comandar o simulacro, que decorreu à entrada do Campus de Azurém, com uma demonstração de cães pisteiros da PSP a procurarem estudantes aparentemente soterrados.


Vítor Vasconcelos garante que a valência que dirige está “em plena cooperação com a Proteção Civil” para dar “todo o apoio necessário na área de busca e salvamento”. “Temos cães preparados para responder a situações que nos forem questionadas e solicitadas”, refere, salientando que neste momento há 34 animais alocados ao GOC.

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