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Tiago Barquinha

Cultura 27.10.2020 08H18

“Estão a aparecer novos públicos no Theatro Circo”

Escrito por Tiago Barquinha
Segundo o director artístico, o fecho momentâneo de alguns espaço da região, devido à pandemia, tem levado espectadores para a sala bracarense.
As declarações de Paulo Brandão.

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A conjuntura actual tem motivado algumas pessoas a procurarem o Theatro Circo pela primeira vez. A garantia é dada pelo director artístico da sala de espectáculos bracarense.


Com três meses de actividade desde a reabertura do espaço - em Agosto houve um interregno para obras -, Paulo Brandão considera que está a acontecer “um fenómeno interessante”. “Estão a aparecer novos públicos no Theatro Circo. Há pessoas que nunca foram ao Theatro Circo e estão a aproveitar esta altura para ir”.


Devido à pandemia, a Oficina, cooperativa cultural de Guimarães, suspendeu todos os espectáculos até 7 de Novembro. Na Casa da Música, no Porto, aconteceu algo semelhante, com a proibição de eventos a vigorar até ao dia 3.


Este cenário, que se espalha por outros espaços culturais da região, segundo o director artístico, explica, em parte, a nova realidade que a sala bracarense vive. De acordo com Paulo Brandão, as pessoas “querem na mesma ver espectáculos e, por isso, vão ao Theatro Circo”. “Se gostam, se percebem que é seguro, voltam e podem deixar de ir às outras salas”, acrescenta.


Não deixando de advertir que se trata de “uma avaliação muito subjectiva”, refere que, “com a experiência e com os comentários das pessoas, se vai percebendo se o público está habituado a ir ao Theatro Circo e a ver determinado tipo de espectáculo ou não”.



Concertos de Valter Lobo e Noiserv atingem lotação máxima


Entre meados de Junho e o final de Julho, o Theatro Circo recebeu 1.250 espectadores. No que diz respeito a Setembro e Outubro, os dados ainda não estão disponíveis. No entanto, atendendo ao facto de a sala estar reduzida praticamente a metade, com um limite máximo de 521 pessoas, Paulo Brandão refere que “o balanço é muito positivo”.


“Dentro das restrições, temos esgotado grande parte dos espectáulos na área da música, como aconteceu, por exemplo, com Valter Lobo e Noiserv. Na área do teatro, temos tido muito público também, nomeadamente nas peças ‘Castro’ e ‘Alma’ ”, adianta.


O director artístico enaltece ainda a peça ‘Pinóquio’, um espectáculo sobre o qual tinha "algumas dúvidas em relação aos espectadores, já que era direccionado para um público infantil e, por isso, os pais podiam ter receio, mas que acabou por ter muitas pessoas”.


Antes de entrar em cena a programação para Novembro e Dezembro, o Theatro Circo recebe a peça ‘Gostava de estar viva para vê-los sofrer’, da Companhia de Teatro de Braga, entre quarta e sexta-feira, às 21h30, e a actuação do Conservatório Internacional Annarella Sanchez, inserida na cerimónia dos 150 anos da delegação de Braga da Cruz Vermelha, no sábado, às 17h30.

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