Na próxima temporada, a primeira divisão de futebol feminino vai contar com 20 equipas. Em relação a esta época, que teve de ser interrompida e, posteriormente, terminada mais cedo devido à pandemia, são mais oito clubes. Dois dos emblemas que subiram foram o Gil Vicente e o Futebol Clube de Famalicão. 

Do lado famalicense, o objectivo para 2020/2021 é claro: "O Famalicão vai fazer de tudo para conquistar o título". O treinador João Marques reconhece a existência de "equipas com outros pergaminhos e outras capacidades", mas garante que isso "não incomoda".

"Nunca escondemos desde o primeiro dia por que razão o futebol feminino foi criado no Famalicão. Sem medo e sem rodeios, o nosso objectivo é ir ao playoff e depois tentar conquistar o título. Sabemos da nossa valia e como queremos trabalhar", refere.

Após uma primeira temporada no futebol feminino 100% vitoriosa, o FC Famalicão chega à divisão principal depois de ter ganho a Série B do segundo escalão. À RUM, João Marques adianta que, mal foi conhecido o veredicto da Federação Portuguesa de Futebol, na quarta-feira, esteve reunido "durante 4/5 horas com o presidente, com o vice-presidente e com o coordenador a preparar a próxima época".

Em relação ao que estava inicalmente estipulado, o treinador famalicense refere que "o orçamento já não é o mesmo" devido à pandemia, destacando que esse problema vai "criar sequelas a todos os clubes". Ainda assim, João Marques garante que o clube está a construir um plantel com "as melhores escolhas possíveis. "Os treinadores são pagos para criar soluções e é isso que vou fazer", acrescentando que pode passar, por exemplo, pela aposta na formação.

Gil Vicente sobe à primeira divisão mas treinador ainda não sabe se fica

O Gil Vicente ganhou o direito de participar na primeira divisão depois de ter ganho a Série A, tendo conhecido apenas o sabor da vitória durante a competição. Apesar de ter alcançado o objectivo da subida na segunda temporada da secção de futebol feminino no clube, o técnico Vítor Silva ainda não sabe se vai continuar no emblema de Barcelos.

"Isso deixo para a direcção falar. Não me compete a mim.  Mas claro que tenho a ambição de treinar na primeira liga. Qualquer treinador tem essa ambição", refere. O técnico de 24 anos refere que os jogadores, o staff e a direcção estão "contentes por terem subido", mas considera que "ainda é tudo muito recente" para falar sobre o futuro.

A partir da suspensão do campeonato, a 12 de Março, as jogadoras do Gil Vicente começaram a treinar em casa, com um plano de três sessões por semana e foram realizadas algumas reuniões de grupo. No entanto, quando a época foi dada por terminada, quase um mês depois, a situação mudou de figura.

À imagem da equipa técnica, por se tratar de uma realidade amadora, as atletas assinam sempre por uma temporada e depois ficam livres, podendo ou não estabelecer um novo vínculo. De qualquer forma, Vítor Silva esclarece que o staff e as atletas ainda "mantêm o contacto", esperando ainda a decisão da direcção do clube em relação ao treinador e, consecutivamente, ao plantel.

Primeira divisão vai das 20 às 16 equipas e divide-se em duas séries

Não vão exisitir descidas esta época na primeira divisão e as equipas vencedoras das oito séries da segunda divisão sobem automaticamente. Na próxima temporada, o principal escalão será dividido em duas séries: zona norte e zona sul, cada uma com dez clubes.

Depois da etapa inicipal do campeonato, serão realizadas duas fases: a fase de apuramento do campeão, com as quatro primeiro classificadas de cada grupo, e a fase de manutenção com as restantes equipas..

Na fase de manutenção de 2020/2021, as seis equipas pior classificadas descem, enquanto dois clubes da segunda divisão sobem à primeira. A época seguinte contará assim com 16 formações, sendo que as séries norte e sul passam a ter oito emblemas cada uma.