Regional 30.12.2021 10H27
Miguel Freire deixa comando do RC6. "Foi a experiência mais enriquecedora da minha vida pessoal"
Comando de Miguel Freire fica marcado pela pandemia. Coronel esteve à frente do Regimento de Cavalaria N.º6 cerca de dois anos.
Tomou posse como Comandante do Regimento de Cavalaria N.º6 em novembro de 2019, cargo que deixou esta quarta-feira, 29 de dezembro. Foram pouco mais de dois anos à frente de um Regimento que combateu um inimigo invisível. A pandemia da Covid-19 "hipotecou" a ação desta unidade, nos últimos dois anos, e marcou o comando do Coronel de Cavalaria. Ainda assim, Miguel Freire faz um balanço "muito positivo" da sua liderança.
"Foi a experiência mais enriquecedora da minha vida pessoal", frisou.
O Coronel reconhece que o "RC6 é uma força viva da cidade e Braga é cosmopolita, aberta, rica na oferta académica e cultural". "Todos os militares servem no Regimento, porque é neste Regimento que querem estar", reforçou.
O momento mais difícil, revelou Miguel Freire, foi o período pandémico, entre março e abril, momento em que "estranhamente os militares tiveram que estar isolados". "Foi um choque, porque o soldado é uma pessoa de ação por natureza e tivemos que nos resguardar para, se fosse preciso, estarmos disponíveis", afirmou.
Dos 295 militares que compõem o RC6, neste momento "dez estão infetados com Covid-19, sendo que seis não estão na unidade", porque, devido à pandemia, apenas metade está nas instalações do RC6.
O Coronel de Cavalaria reconhece ainda que "a equipa está orientada para aquilo que é a missão militar" e, por isso, "teve que fazer parte do esforço do Exército no combate à pandemia", cumprindo, além disso, as "obrigações militares".
Em Braga, na cerimónia da passagem de testemunho, o Comandante das Forças Terrestres, Tenente-General António Martins Pereira, reconheceu "as excecionais qualidades que cartacterizam o Coronel Miguel Freire e que ficam bem espelhadas no desempenho do cargo de Comandante". Uma liderança que aponta como "muito criteriosa e empenhada". O Tenente-General Martins Pereira salientou ainda "o cumprimento das missões, na difícil situação de pandemia, e o espírito de missão e cooperação dos militares do RC 6", com o ex-comandante a procurar "sempre preservar e incentivar a atividade operacional". Além disso, o responsável destacou a colaboração de Miguel Freire no "sistema de formação do exército".