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Vanessa Batista

Academia 08.06.2021 17H44

Minho apresenta "bons exemplos" na aplicação de verbas europeias

Escrito por Vanessa Batista
Campi da Universidade do Minho e o INL receberam, esta terça-feira, uma visita de um grupo de 40 pessoas que integra Conselheiros de Economia e elementos da Comissão Europeia no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

A Universidade do Minho recebe, durante todo o dia, uma visita na sequência da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Um grupo de 40 pessoas onde integram Conselheiros de Economia e elementos da Comissão Europeia, vão visitar os campi da UMinho. Esta manhã, passaram ainda pelo INL, onde ficaram a conhecer projetos nas áreas das baterias e saúde, mais concretamente, ligados ao cancro.


No campus de Gualtar, a comitiva visitou o CEB- Centro de Engenharia Biológica que no total conta com mais de 18 milhões de euros em projetos e quase 400 investigadores.


Em declarações aos jornalistas a diretora do CEB, Madalena Alves, frisou estar convicta de que na academia minhota, em particular neste centro de investigação, as verbas que chegam da Europa são "muito bem aplicadas", logo esta visita é de "máxima importância" para a comunidade.


O CEB teve um papel determinante no desenvolvimento de aproximadamente 15 spin-offs, sendo que algumas não singraram no mercado. Para a responsável "não existe falhanço" no fecho de uma spin-off. Por outro lado, outras foram adquiridas por grandes companhias. A comitiva teve a oportunidade de conhecer de perto quatro spin-offs: Letra, Satisfibre, SilicoLife e Solfarcos.


Durante a tarde, o roteiro passou pelo campus de Azurém onde a comitiva esteve em contacto com os investigadores responsáveis pelo projeto UMinho-Bosch e o o DoneLab, laboratório único em Portugal para a manufatura aditiva avançada de protótipos e ferramentas.



Única infraestrutura Europeia em Portugal está sediada na UMinho.


O MIRRI - Infraestrutura de Investigação de Recursos Microbianos, está sediado no CEB - Centro de Engenharia Biológica da UMinho. Neste momento, a UMinho contabiliza mais de 400 mil microrganismos, são eles fungos, bactérias, leveduras, vírus, algas unicelulares, entre outros. Todos preservados e conservados vivos em coleções. 


O MIRRI é responsável pela agregação e federação das coleções em termos de organização e de massa crítica. Todo este conhecimento pode ser requisitado pelos vários países da Europa e, no futuro, essa exportação poderá ser alargada à América Latina.


No próximo mês, o coordenador do MIRRI - Infraestrutura de Investigação de Recursos Microbianos, Nelson Lima, espera que a sede definitiva do centro esteja concluída no rés-do-chão do CP3. 



Ypack, o projeto que cria "plástico" através de desperdícios da industria alimentar.


O projeto Ypack já fechou ao fim, mas continua a ser um dos grandes trabalhos do CEB. Foi distinguido pelo Radar de Inovação da Comissão Europeia com 7,2 milhões de euros.


De acordo com o investigador António Vicente, esta é a primeira embalagem 100% biodegradável no ambiente sem a necessidade de processos extra. À RUM, o investigador revela que este processo também ocorre de baixo de água. Além disso é também a primeira embalagem produzida industrialmente com estas caraterísticas. 


Recorde-se que estas embalagens de "plástico" não são feitas de petróleo, mas sim de desperdício da indústria alimentar, a título de exemplo, soro de queijo ou cascas de amêndoa. 

António Vicente espera que esta visita "abre portas" para a continuidade do Ypack.



"Região Norte tem sido um bom exemplo da boa aplicação de fundos comunitários", Ricardo Rio. 


O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, destacou, em declarações aos jornalistas no INL, o "bom exemplo de Braga e de forma generalizada de toda a região Norte na aplicação de fundos comunitários. O edil frisa que as verbas contribuíram quer para a "requalificação de espaços públicos quer para o apoio à inovação". 


Ricardo Rio espera que este modelo "bem sucedido" possa ser replicado em outros contextos, mas sobretudo que seja possível criar mecanismos que possam apoiar o seu fortalecimento no futuro.

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