A próxima edição do programa Mentorias da Universidade do Minho terá uma "vertente inclusiva", anunciou ontem o pró-reitor e coordenador do projeto Guilherme Pereira, antes da sessão intermédia da 5ª edição do programa.

O projeto da instituição de ensino superior minhota, que estabelece o contacto entre antigos alunos das mais diversas áreas e estudantes que estão a acabar os cursos, vai ter um aspeto de inclusão social, o qual está já a ser trabalhado com uma empresa sediada em Braga.

"Estamos trabalhar, numa primeira fase, com a Accenture, empresa que internamente desenvolve a questão da inclusividade", disse o responsável no salão medieval da reitoria, acrescentando que, no futuro, a ideia passa por "trazer outras empresas" para o projeto.

A vertente inclusiva vai somar-se às vertentes da 'tutorias por pares', destinada aos alunos que entram na universidade, do 'mentorias UMinho', para os finalistas de licenciatura e mestrado, e do 'mentoria internacional', direcionado para os estudantes de doutoramento.

No vínculo ao estrangeiro, a 6ª e próxima edição do Mentorias, que deve arrancar em março ou abril do próximo ano, haverá também novidades com o alargamento de mais alumni da Universidade do Minho que estão nas mais "diversas universidades europeias e americanas".

Sobre a 5ª edição em curso, que iniciou em março e decorre até setembro ou outubro deste ano, Guilherme Pereira referiu que o balanço, para já, é reflexo de que o projeto é "uma aposta ganha" através da ligação "dos estudantes com alumni com percursos relevantes".

Carlos Oliveira diz que Mentorias permite "partilha de experiências valiosa"

Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, marcou presença na sessão intermédia da 5ª edição do Mentorias. O antigo estudante da Universidade do Minho fez uma apresentação sobre a evolução do mercado de trabalho e o estado da educação em Portugal, aspetos que disse "encaixarem bem" no programa Mentorias.

O também membro do Conselho Europeu da Inovação assinalou que o Mentorias permite "a complementaridade entre as competências mais técnicas e o conhecimento do mercado de trabalho", resultando numa "partilha de experiências valiosa" entre profissionais e alunos.