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Fotografia: Marcelo Hermsdorf / RUM
Redação

Regional 28.03.2024 15H35

"Há um enorme trabalho a realizar para tornar acessível a cultura aos cidadãos"

Escrito por Redação
Comentário de Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, vem no seguimento de um questionário da Universidade Católica de Braga que concluiu que mais da metade dos moradores de Braga entrevistados visita os espaços culturais de forma ocasional ou apenas uma vez por ano.
Declarações de Carla Cardoso, do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, e Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga. 

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“Há muito para trabalhar” em relação ao acesso aos espaços e à participação cultural. É o que concluiu um questionário realizado pela Universidade Católica de Braga, sujos resultados foram apresentados esta quarta-feira, durante o lançamento do projeto ‘Empurrão Cultural’, da Fundação Bracara Augusta e CERCI Braga.


Entre os 104 moradores de Braga que responderam às questões, entre os meses de novembro e dezembro de 2023, mais da metade, 55,9%, visita os espaços culturais ocasionalmente ou apenas uma vez por ano. Para o presidente da Câmara Municipal de Braga, os resultados apresentados, indicam que há ainda “um enorme trabalho a realizar para tornar acessível a cultura, o património, os museus e os nossos monumentos aos cidadãos”.“É muito importante que haja estudos científicos sobre essas dinâmicas e que não seja apenas com o senso comum e no impirismo que tratemos estas matérias”, destaca.


O estudo refere ainda que, para 21,2%, os espaços culturais fazem parte da rotina pelo menos uma vez por semana, enquanto outros 21,2%, visita estes locais ao menos uma vez por mês. O percentual de moradores que não visitam nenhum espaço cultural fica em 1,9%. A representante do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa sublinha que estes números apontam que uma quantidade “expressiva” de cidadãos ainda não tem acesso aos equipamentos culturais e que “há ainda muito aqui para trabalhar”.


Entre as barreiras à participação cultural, ressalta Carla Cardoso, o estudo identificou que para 65,4% um dos motivos é a falta de tempo, já 50% atribuiu esta dificuldade aos custos associados. A falta de companhia é impedimento para 32,7% e a ausência de informação é apontado por 26,9%.

O inquérito identificou ainda que 10% dos moradores de Braga, que responderam, ainda não haviam visitado o Bom Jesus, “o que pareceu surpreendente”. Apesar disso, a representante da Universidade sublinha que quando questionados sobre quais os espaços que mais visitaram ou que já haviam estado pelo menos uma vez, o Monte do Bom Jesus foi a resposta principal, “naturalmente”. “Curiosamente, o mais visitado era o local que 10% ainda não conhecia”, sublinha.


*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura

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