Duarte Lopes anunciou esta terça-feira a candidatura à direção da Associação Académica da Universidade do Minho. Nesse órgão desde 2019, o estudante do mestrado de Direito dos Contratos e da Empresa é atualmente presidente-adjunto na equipa liderada por Rui Oliveira, que não se vai recandidatar, e representante dos alunos no Conselho Geral.

Através de uma nota publicada no Facebook, Duarte Lopes explica que concorre ao cargo tendo como princípio "duas colunas mestras": a reivindicação e representação estudantil e a dinamização de atividades e "momentos incontornáveis no percurso de todo e qualquer estudante do Ensino Superior, não descurando todas as vigas, suportes e apoios que caracterizam e seguram a sua complexa estrutura". 

Desenvolvendo a primeira coluna, o candidato defende "um Ensino Superior público e gratuito, conforme preconizado na Constituição da República Portuguesa, garantindo que fatores socioeconómicos não constituem um obstáculo à frequência no Ensino Superior", uma ação social direta e indireta "robusta, mais rápida e abrangente na sua ação" e "um aumento da representatividade estudantil nos diversos órgãos da academia e uma melhor articulação entre os vários representantes estudantis".

Duarte Lopes é também da opinião de que é necessário exisitir "uma mudança do atual paradigma de ensino, onde a inovação pedagógica deve assumir um espaço prioritário", alertando que "o descontentamento com o projeto académico se tem afirmado como uma das principais causas do abandono escolar". 

A saúde mental é outra das preocupações do candidato à presidência da AAUMinho. "Reivindicamos um novo olhar e preocupação com a saúde mental dos estudantes, convictos de que as universidades não podem nem devem ser locais de fomento de desequilíbrio, ansiedade e burnout. É preciso, agora, avaliar e perceber as razões e origens de este ser um problema que cada vez mais afeta as nossas comunidades, para que possamos dar os passos certos não só no seu tratamento, mas também na prevenção", refere.

No que diz respeito à segunda coluna, Duarte Lopes lembra que a AAUMinho "não se esgota em atividade política, procurando também acrescentar valor ao percurso de todos os estudantes". Destaca, nesse sentido, a dinamização cultural, recreativa, desportiva e empreendedora, que deve estar ligada à vida da associação.

A analogia com uma habitação é finalizada com a referência à "colocação de um teto". A construção da nova sede da AAUMinho, cujo projeto está a ser terminado, é um dos objetivos traçados para o mandato que se candidata.

As eleições para os órgãos sociais - Direção, Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) e Mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA) - estão previstas para o início de dezembro. Para já são conhecidas três candidaturas, uma para cada órgão: Duarte Lopes para a direção, Inês Batista para o CFJ e Jacinta Sampaio para a mesa da RGA.