Academia 01.12.2021 20H09
Estudantes da UMinho saem à rua para dizer não ao assédio
"Manifestação pela eliminação do assédio na UMinho" parte do Prometeu, no campus de Gualtar, às 15h, e termina no Largo do Paço.
Os estudantes da Universidade do Minho saem, pelas 15h00, à rua para dizer "não" ao assédio. A “Manifestação pela eliminação do assédio na UMinho”, organizada por cerca de 300 alunos, terá como ponto de partida o Prometeu, no campus de Gualtar.
Em declarações à Universitária, Carlota Silva, estudante de Filosofia e uma das responsáveis pela iniciativa, refere que esta ação reivindicativa surge da "inércia dos serviços da UMinho a dar resposta a dois casos de assédio", que a RUM tem vindo a noticiar desde 26 de novembro, sexta-feira.
"Após estes dois casos começaram a surgir diversos relatos de assédio moral e físico numa página denominada "Denúncias da Universidade do Minho", o que, de acordo com a aluna, deixou a comunidade estudantil ainda mais indignada.
Este é o grito de revolta dos estudantes que numa arruada vão dirigir-se até à reitoria da instituição de ensino superior, instalada no Largo do Paço.
Durante a caminhada serão proferidos alguns testemunhos das alegadas vítimas. Carlota Silva apela a que todos participem nesta manifestação, caso não seja possível espera que a comunidade estudantil se vista de preto como um ato simbólico e "aqueles que entenderem trajar de luto podem fazê-lo".
Quando questionada sobre as medidas já anunciadas pelo reitor da UMinho, nomeadamente, reforço da iluminação no campus de Gualtar e transferência do funcionário que, alegadamente, terá assediado uma estudante da residência Lloyd para outro serviço sem contacto com alunos, Carlota Silva considera estas medidas como "insuficientes". A porta-voz da manifestação sugere que "todos os docentes e funcionários frequentem formações de prevenção e combate ao assédio".