Mário Passos quer avançar com a requalificação da Estrada Nacional 206, que liga Vila Nova de Famalicão a Guimarães, nos próximos quatro anos.

O candidato da coligação Mais Ação. Mais Famalicão pretende iniciar um projeto tripartido, entre Infraestruturas de Portugal, Câmara de Famalicão e autarquia de Guimarães, que vai além da repavimentação. 

"Queremos que a estrada tenha outras valências, que os tempos exigem, como a pedonalização e a via ciclável, sendo muito importante ligar o lado Norte Nascente do concelho à cidade e a outros pontos do territótio e até a outros municípios", revelou em entrevista à RUM. 

As obras na Estrada Nacional 206 são há muito reivindicadas pela população, sendo esta uma importante via de entrada no concelho famalicense, com acesso à auto-estrada.

O projeto é ambicioso e vai implicar despesa, "porque são precisos terrenos, para alargamentos". Mário Passos admite que a IP possa ter "alguma objeção em financiar as dimensões e rotundas pretendidas". Sem prometer que seja uma realidade nos próximos quatro anos, porque "depende mais da IP do que das autarquias", sendo uma das vias com "maior fluxo de trânsito no Norte", o candidato social democrata acredita que é do interesse de todos que "se resolva rapidamente" o estado da via. 

Mário Passos quer dialogar com universidades e palyers privados a construção de novas residências

Temos vindo a falar com a CESPU, o IPCA e a UMinho para percebermos se existe a possibilidade de parcerias com as instituições e players privados, por forma a que a Câmara, disponibilizando os terrenos, possa construir, em conjunto, unidades que sirvam este problema

O programa eleitoral que Mário Passos apresenta aos famalicenses aponta também soluções para o Ensino Superior, nomedamente para o alojamento estudantil. "Temos vindo a falar com a CESPU, o IPCA e a UMinho para percebermos se existe a possibilidade de parcerias com as instituições e players privados, por forma a que a Câmara, disponibilizando os terrenos, possa construir, em conjunto, unidades que sirvam este problema", explicou o candidato, convicto de que no futuro chegarão a Famalicão "cada vez mais estudantes, nomeadamente estrangeiros". 

De acordo com os resultados preliminares dos últimos censos, Famalicão perdeu população, ainda que um valor muito residual, na ordem dos 200 habitantes. Ainda assim, para inverter a tendência, Mário Passos terá na habitação "uma grande prioridade". "Os jovens famalicenses têm direito a residir em Famalicão e, por isso, tem que haver habitação a preços mais económicos. A Câmara terá que fazer um esforço grande na área da habitação a preços acessíveis e, com isso, acredito que vamos fixar os jovens e a população vai acabar por aumentar". 

A candidatura de Famalicão a Capital Europeia do Desporto em 2025 já teve início, mas para que se torne realidade, o ainda vereador que tutela a área desportiva admite que terá de se "concluir a pista de atletismo". "Já fizemos a primeira fase do Complexo Desportivo de Famalicão e já fizemos dois concursos públicos que ficaram desertos, por isso, teremos que fazer um terceiro, no início do próximo ano. Temos que esperar que haja um equilíbrio, porque a pandmeia trouxe muitos problemas à área da construção civil e, por isso, os concursos ficam desertos", esclareceu. Além disso, o concelho contará em breve com o Skatepark, "que não avançou pelos mesmos motivos" que a pista. 

Dois dos candidatos do PS em 2017 são agora apoiados pela coligação, que quer conquistar as 34 freguesias

O candidato da coligação Mais Ação. Mais Famalicão acredita que vai repetir o feito alcançado por Paulo Cunha há quatro anos e vencer em todas as freguesias do concelho, a 26 de setembro.

Recorde-se que, em 2017, Paulo Cunha venceu com 67% da votação.

Mário Passos, de 55 anos, integra o executivo municipal desde 2009, tendo assumido os pelouros do Desporto,  Freguesias, Juventude e da Modernização Administrativa. Licenciou-se em Física e Química, pela Universidade do Minho e completou o doutoramento em Ciências, em cooperação com o Instituto John Innes Centre, Norwich, Inglaterra. Foi o nome escolhido, por unanimidade, para suceder a Paulo Cunha, na candidatura do PSD/CDS-PP à autarquia famalicense.

Entrevistado pela RUM, Mário Passos diz estar confiante em resultados semelhantes, por partilhar muitas das caractetisticas do ainda presidente da autarquia. "Dezenas de milhares de famalicenses me conhecem, sempre estive próximo e conheço muito bem o nosso território", apontou.

Dezenas de milhares de famalicenses me conhecem, sempre estive próximo e conheço muito bem o nosso território

Em 2017, o maior partido da oposição venceu em três das 34 freguesias. Este ano, dois dos candidatos que venceram pelo PS há quatro anos são apoiados e apoiam a coligação: António Oliveira, em Joane, e Francisco Sá, em Castelões. Em entrevista à RUM, o candidato do Partido Socialista, Eduardo Oliveira, admitiu que os dois autarcas locais foram convidados pelo PS para encabeçar as duas listas, mas o convite foi recusado. 

Assim, e ainda que os socialistas tenham novos nomes nas listas às duas freguesias, a coligação só não consegue apoio em uma das 34 freguesias. O objetivo, aponta Passos, é "vencer nas 34 freguesias para ter aquilo que defende, que é a coesão territorial". 

Mário Passos sucede a Paulo Cunha na candidatura à Câmara de Famalicão, pela coligação de direita. 

Às eleições de 26 de setembro candidatam-se, em Vila Nova de Famalicão, sete partidos: além da Iniciativa Liberal, a coligação PSD/CDS-PP; Chega; CDU; PAN; Partido Socialista e Bloco de Esquerda.

As entrevistas aos candidatos podem ser ouvidas, em podcast.