O PAN estreia-se, este ano, na corrida autárquica, em Famalicão. Aos 43 anos, Sandra Pimenta, estudante de Direito da Universidade do Minho, candidata-se para implementar no concelho as grandes bandeiras do partido, nomeadamente ao nível da sustentabilidade.

A também assessora parlamentar filiou-se no PAN em 2017 e, dois anos depois, tornou-se a porta-voz da concelhia de Famalicão do partido, um mandato válido até 2023.

O PAN vem fazer a diferença em Famalicão, seja na Assembleia ou no executivo

Braga foi o distrito em que o partido mais cresceu nas últimas legislativas e, por isso, Sandra Pimenta acredita que o PAN pode "eleger para a Assembleia Municipal", mas, frisa, "qualquer representação no executivo viria reforçar o trabalho que o partido pode fazer no concelho", que passa, sobretudo, por "quebrar círculos em relação às políticas".

Sandra Pimenta diz que "falta uma verdadeira oposição" ao executivo municipal de direita. "Consideramos que o PAN vem fazer a diferença em Famalicão, seja na Assembleia ou no executivo", afirmou.

A candidata também aponta críticas ao legado que Paulo Cunha deixa, que diz ser "o caminho do cimento e do betão". O PAN propõe-se, por isso, a impulsionar a sustentabilidade no concelho.

PAN propõe apoios municipais para aquisição de bicicletas e rede integrada de transporte público

No programa eleitoral, o partido Pessoas-Animais-Natureza sugere que o problema da habitação estudantil possa ser resolvido através de parcerias com os "espaços de alojamento local, que podem passar por isenção do IMI para esses alojamentos". O partido pretende, assim, "facilitar e garantir respostas em termos de rendas mais acessíveis aos estudantes, mas não só".

Só na cidade é que me é permitido andar de bicicleta

Na mobilidade, é preciso "criar espaços integrados e políticas de promoção do hábito de andar de bicicleta". "Todas as grandes obras estão no centro de Famalicão, mas é preciso lá chegar e eu tenho sempre que pegar no meu carro, porque só na cidade é que me é permitido andar de bicicleta. Temos que começar a desconstruir esta ideia", apontou Sandra Pimenta. O PAN propõe apoios municipais para aquisição de bicicletas, através de "parcerias com as empresas locais, que poderiam oferecer descontos, do orçamento municipal, que tem verba para apoiar a compra, e dos apoios nacionais".

Nesta área, a candidata pretende ainda "reforçar a rede de transportes públicos", que diz ser "quase inexistente", e criar passes integrados, que permitam aos famalicenses usar o mesmo passe em diferentes transportes públicos.

A Câmara inaugurou recentemente um novo Centro de Recolha Oficial Animal, que custou aos cofres municipais cerca de meio milhão de euros. Apesar da política animal ser uma bandeira do PAN, Sandra Pimenta lamenta um investimento tão avultado para um espaço que tem como único fim "a recolha de animais". O PAN considera que o espaço até "poderia ser utilizado para outros fins", mas a prioridade, neste momento, "devia ser a política de prevenção, através de campanhas de esterilização, alargar o cheque veterinário em termos de verba e implementar o programa Capturar-Esterilizar-Devolver às colónias de gatos".

No programa eleitoral do PAN é ainda apontada a criação de "um programa de recuperação do rio Pelhe, da figura municipal de protetores dos meios hídricos e do regulamento do arvoredo urbano e património florestal municipal".

As alterações climáticas não são esquecidas. Sandra Pimenta sugere aos famalicenses a "elaboração de um Atlas de risco das alterações climáticas, a nível municipal, onde se inclui um Plano de adaptação às alterações

climáticas".

Às eleições de 26 de setembro candidatam-se, em Vila Nova de Famalicão, sete partidos: além da Iniciativa Liberal, a coligação PSD/CDS-PP; Chega; CDU; PAN; Partido Socialista e Bloco de Esquerda.

As entrevistas aos candidatos podem ser ouvidas, em podcast.